domingo, 13 de junho de 2010

Variantes de linguística- A diversidade de nossa língua

As diferenças da língua brasileira

Sabe aquela sensação de você viajar para outro estado do Brasil e se sentir em outro país por não entender o que falam? Pois é, este é o famoso regionalismo presente na cultura miscigenada da nossa nação. Ele está na fala, na escrita, nas mais variadas palavras que utilizamos no dia a dia de cada região. E agora preparamos um mini-dicionário para você, turista, não ficar completamente perdido nas viagens contagiantes e fascinantes pelas diversidades brasileiras.


  • Ao chegar a São Paulo, coração econômico do país:

Chama o semáforo de farol.
Diz bolacha em vez de biscoito.
Diz cara em vez de menino.
Diz mina em vez de menina.
Diz bexiga em vez de balão.
Diz sorvete, tanto para picolé como para sorvete de massa.
Emprega a palavra meu em praticamente todas as frases.
Ué! é o mesmo que Uai! para o mineiro.
Curintia é time de futebol conhecido no resto do país como Corinthians.
Bengala não é apoio para cego, é o pão francês de 200g.
Rodízio tem de vários tipos, até de carro.
Shopis é local para compras e lazer, e também para substituir a falta da praia.



  • Na cidade maravilhosa, Rio de Janeiro:
Caô é mentira.
Mó caozera é a maior mentira.
Bolacha em São Paulo é biscoito no Rio.
Gelinho se chama sacolé.
Adjetivar de legal algo no Rio é o mesmo que dizer “que show!”.
Chopp vira tulipa.
O “demoro” do paulista é o já é do carioca.
Chamam o pebolim de totó.
Usam o partiu para chamar as pessoas para ir a algum lugar.





  • a conhecida Minas Gerais:
Minerin é o tipico habitante das Minas Gerais.
I é E, exemplo: minino, ispecial, eu i ela, vistido).
Uai é o correspondente ao Ué dos paulista.
Intorná é quando não cabe na vasilha, o derramar no paulistanês.
Tutu é mistura de farinha de mandioca com feijão triturado.
Trem é palavra que nada tem a ver com transporte, e que quer dizer qualquer coisa que o mineiro quiser.
Varge é aquele legume verde rico em fibras.
Magrilim é indivíduo muito magro.
Deusde é desde.
Arreda é verbo na forma imperativa, semelhante a sair, deslocar-se.


  • Na tradicional Festa de Parintins:

Arraial é comércio de comidas típicas e atividades sócio-culturais.
Asa-dura é avião.
Banzeiro são ondas de rio muitos altas.
Caqueado é estilo.
Cunha é mulher e cunhã-poranga, mulher bonita.
Panuveiro é confusão.
Tristeza virou quiriri.
Toada é música.
Tripa é pessoa que dança vestido de boi.
Tacanhoba é tanguinha.









  • No Nordeste são muitas as variantes lingüísticas

Na Paraíba, botão é pitôco,
Tudo que não tem qualidade é peba,
Rir dos outros é mangar,
Tá estranho, tá tronxo,
Vai sair diz vou chegar,
Mendigo é esmole,
Palhaçada é munganga,
Desarrumado é malamanhado,
Correr atrás de alguém é dar uma carrera,
Fazer a volta é arrudiar,
Camisa por dentro da calça é ensacar e
Se não souber do verbo diz coisar.
Pegar-o-boi, na Bahia, é levar vantagem,
Xexéu é homem afeminado,
Baba é futebol amador, bate-bola, pelada,
Macaxeira é mandioca,
Jerimum é abóbora e
Laranja-cravo é mexerica, tangerina.
Samangar é fazer nada, viver no ócio, vagabundar.
Em Sergipe, maria-clara é a cachaça.
Fiteiro é qualquer banca de rua em Pernambuco.



  • No Mato Grosso do Sul:
Mitacunhã porã é moça bonita.
Galheta é bolacha.
Canha é pinga.
Trompar é trombar.
Bolita é bola de gude.
Mate é chimarrão quente e tereré, chimarrão gelado.
Pandorga é pipa.
Vote! é interjeição de repulsa ou espanto, o mesmo que “cruzes!”.
Guaipesca vem do tupi e significa cachorro vira-latas.





  • E, agora, no sul do país:


E, agora, no sul do país
Gaudério é sinônimo de gaúcho.
Te abanquetas é uma expressão usada para convidar a pessoa a sentar-se.
Bergamota é mexerica, tangerina.
Redomão é potro que ainda não foi domado.
Atucanado é cheio de tarefas, atarefado.
Rapariga é termo ainda empregado pelos velhos para designar moça.
Piá é bebê ou jovens até 14 anos do sexo masculino.
Chinoca, na zona rural, é moça promíscua.
Guampudo é indivíduo corno.
Mas que tal? é uma forma de cumprimento em cidades fronteiriças como Uruguaiana.
Bagaceiro é de mau gosto, brega.
Pão francês é cacetinho.


Por: Irina Bernatavicius

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