domingo, 13 de junho de 2010

Variantes de linguistica- Para rir e descontrair!

O Nordestinês !!!

Nordestino não fica solteiro, ele fica "solto na bagaceira".
Nordestino não vai embora, ele "pega o beco".
Nordestino não diz 'concordo com você', ele diz:
issssso, homi!!!
Nordestino não conserta, ele "imenda".
Nordestino quando se empolga, fica com a "mulesta dos cachorro".
Nordestino não bate, ele 'senta-le' a mão.
Nordestino não bebe um drink, ele "toma uma".

Nordestino não é sortudo, ele é "cagado".
Nordestino não corre, ele "dá uma carreira".
Nordestino não malha os outros, ele "manga".
Nordestino não conversa, ele "resenha".

Nordestino não toma água com açúcar, ele toma "garapa".
Nordestino não mente, ele "engana".
Nordestino não percebe, ele "dá fé".
Nordestino não sai apressado, ele sai "desembestado".

Nordestino não aperta, ele "arroxa".
Nordestino não dá volta, ele "arrudeia".
Nordestino não espera um minuto, ele espera um "pedacinho".
Nordestino não é distraído, ele é "avoado".
Nordestino não se irrita, ele se "arreta".

Nordestino não fica com vergonha, ele fica encabulado, todo errado.
Nordestino não passa a roupa, ele "engoma".
Nordestino não ouve barulho, ele ouve "zuada".
Nordestino não acompanha casal de namorados, ele "segura vela".
Nordestino não rega as plantas, ele 'agoa'.

Nordestino não quebra algo, ele "tora".
Nordestino não é esperto, ele é "desenrolado".
Nordestino não é rico, ele é um cabra "estibado".
Nordestino não é homem, ele é "macho".
Nordestino não é gay, ele é "bicha".
Nordestino não pede almoço, ele pede o "de cumê".
Nordestino não lancha, "merenda".
Nordestino não fica satisfeito quando come, ele "enche o bucho".
Nordestino não dá bronca, dá "carão".

Nordestino quando não casa, ele fica "amigado".
Nordestino não tem diarréia, tem "caganeira".
Nordestino não tem mau cheiro nas axilas, ele tem "suvaqueira".
Nordestino não tem perna fina, ele tem "cambitos".

Nordestino não é mulherengo, ele é "raparigueiro".
Nordestino não joga fora, ele "avoa no mato".
Nordestino não vigia as coisas, ele "fica tucaiando".

Nordestino não se dá mal, "se lasca todinho".
Nordestino quando se espanta não diz: - Xiiii! Ele diz: Viiixi Maria! Aff Maria!
Nordestino não vê coisas do outro mundo, ele vê "malassombros".

Nordestino não é chato, é "cabuloso".
Nordestino não é cheio de frescura, é cheio de "pantim".
Nordestino não pula, "dá pinote".
Nordestino não briga, "arenga".
Nordestina não fica grávida, fica "buchuda".

Nordestino não fica bravo, fica com a "gota serena".
Nordestino não é corajoso, é "cabra de pêia".
Nordestino não fica apaixonado, ele "arrêia os pneus".


Uma sátira do sotaque mineiro:



Por: Irina Bernatavicius

Variantes de linguística- A diversidade de nossa língua

As diferenças da língua brasileira

Sabe aquela sensação de você viajar para outro estado do Brasil e se sentir em outro país por não entender o que falam? Pois é, este é o famoso regionalismo presente na cultura miscigenada da nossa nação. Ele está na fala, na escrita, nas mais variadas palavras que utilizamos no dia a dia de cada região. E agora preparamos um mini-dicionário para você, turista, não ficar completamente perdido nas viagens contagiantes e fascinantes pelas diversidades brasileiras.


  • Ao chegar a São Paulo, coração econômico do país:

Chama o semáforo de farol.
Diz bolacha em vez de biscoito.
Diz cara em vez de menino.
Diz mina em vez de menina.
Diz bexiga em vez de balão.
Diz sorvete, tanto para picolé como para sorvete de massa.
Emprega a palavra meu em praticamente todas as frases.
Ué! é o mesmo que Uai! para o mineiro.
Curintia é time de futebol conhecido no resto do país como Corinthians.
Bengala não é apoio para cego, é o pão francês de 200g.
Rodízio tem de vários tipos, até de carro.
Shopis é local para compras e lazer, e também para substituir a falta da praia.



  • Na cidade maravilhosa, Rio de Janeiro:
Caô é mentira.
Mó caozera é a maior mentira.
Bolacha em São Paulo é biscoito no Rio.
Gelinho se chama sacolé.
Adjetivar de legal algo no Rio é o mesmo que dizer “que show!”.
Chopp vira tulipa.
O “demoro” do paulista é o já é do carioca.
Chamam o pebolim de totó.
Usam o partiu para chamar as pessoas para ir a algum lugar.





  • a conhecida Minas Gerais:
Minerin é o tipico habitante das Minas Gerais.
I é E, exemplo: minino, ispecial, eu i ela, vistido).
Uai é o correspondente ao Ué dos paulista.
Intorná é quando não cabe na vasilha, o derramar no paulistanês.
Tutu é mistura de farinha de mandioca com feijão triturado.
Trem é palavra que nada tem a ver com transporte, e que quer dizer qualquer coisa que o mineiro quiser.
Varge é aquele legume verde rico em fibras.
Magrilim é indivíduo muito magro.
Deusde é desde.
Arreda é verbo na forma imperativa, semelhante a sair, deslocar-se.


  • Na tradicional Festa de Parintins:

Arraial é comércio de comidas típicas e atividades sócio-culturais.
Asa-dura é avião.
Banzeiro são ondas de rio muitos altas.
Caqueado é estilo.
Cunha é mulher e cunhã-poranga, mulher bonita.
Panuveiro é confusão.
Tristeza virou quiriri.
Toada é música.
Tripa é pessoa que dança vestido de boi.
Tacanhoba é tanguinha.









  • No Nordeste são muitas as variantes lingüísticas

Na Paraíba, botão é pitôco,
Tudo que não tem qualidade é peba,
Rir dos outros é mangar,
Tá estranho, tá tronxo,
Vai sair diz vou chegar,
Mendigo é esmole,
Palhaçada é munganga,
Desarrumado é malamanhado,
Correr atrás de alguém é dar uma carrera,
Fazer a volta é arrudiar,
Camisa por dentro da calça é ensacar e
Se não souber do verbo diz coisar.
Pegar-o-boi, na Bahia, é levar vantagem,
Xexéu é homem afeminado,
Baba é futebol amador, bate-bola, pelada,
Macaxeira é mandioca,
Jerimum é abóbora e
Laranja-cravo é mexerica, tangerina.
Samangar é fazer nada, viver no ócio, vagabundar.
Em Sergipe, maria-clara é a cachaça.
Fiteiro é qualquer banca de rua em Pernambuco.



  • No Mato Grosso do Sul:
Mitacunhã porã é moça bonita.
Galheta é bolacha.
Canha é pinga.
Trompar é trombar.
Bolita é bola de gude.
Mate é chimarrão quente e tereré, chimarrão gelado.
Pandorga é pipa.
Vote! é interjeição de repulsa ou espanto, o mesmo que “cruzes!”.
Guaipesca vem do tupi e significa cachorro vira-latas.





  • E, agora, no sul do país:


E, agora, no sul do país
Gaudério é sinônimo de gaúcho.
Te abanquetas é uma expressão usada para convidar a pessoa a sentar-se.
Bergamota é mexerica, tangerina.
Redomão é potro que ainda não foi domado.
Atucanado é cheio de tarefas, atarefado.
Rapariga é termo ainda empregado pelos velhos para designar moça.
Piá é bebê ou jovens até 14 anos do sexo masculino.
Chinoca, na zona rural, é moça promíscua.
Guampudo é indivíduo corno.
Mas que tal? é uma forma de cumprimento em cidades fronteiriças como Uruguaiana.
Bagaceiro é de mau gosto, brega.
Pão francês é cacetinho.


Por: Irina Bernatavicius

Guia Cultural - dicas para o seu dia ter muito mais conteúdo

Filmes


P.S.eu te amo


Holly Kennedy (Hilary Swank) é casada com Gerry (Gerard Butler), um irlandês engraçado por quem é completamente apaixonada. A jovem vê sua vida desmoronar após a morte do marido. Suspeitando de seu destino, ele escreve diversas cartas, sempre assinadas da mesma forma: "P.S. I Love You", que irão ajudá-la a superar sua dor e a se redescobrir.
O filme aborda a angústia da perda e a melancolia ressaltando o quanto precisamos de alguém que nos oriente nos caminhos da vida. Hillary Swank, em uma atuação brilhante, puxa o espectador para aquele mundo de sofrimento de uma maneira emocionante.

Gênero: Comédia / Drama
Duração: 127 minutos
Direção: Richard LaGravenese

Elenco: Hillary Swank, Gerard Butler, Lisa Kudrow.









A Casa do Lago


Kate Forster (Sandra Bullock) é uma médica solitária que morava numa casa à beira de um lago, deixa um bilhete para o novo inquilino da casa - O arquiteto frustrado Alex (Keanu Reeves), com algumas instruções e com uma característica do local que não corresponde à que ele encontra. Intrigado, ele resolve escrever à ela, passando a trocar cartas de amor com ela. No entanto, percebem que existe um espaço de tempo que atrapalha o "relacionamento" entre os dois. Percebendo a aura de mistério em torno da troca de cartas, eles tentam driblar esse contratempo para que, finalmente, a hora certa para que se amem chegue.

Gêneros: Drama, Romance
Duração: 98min
Direção: Alejandro Agresti

Elenco: Keanu Reeves e Sandra Bullock












Cartola


Esta é a história de Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola. Um dos mais importantes compositores da música brasileira de todos os tempos, Cartola é o autor de obras-primas como "O Mundo é um Moinho", "As Rosas Não Falam", entre outras. Os diretores Lírio Ferreira e Hilton Lacerda mostram a importância de Cartola para a música brasileira, traçando um emocionante painel do autêntico samba de origem e seus principais expoentes. Um retrato de um homem que renasceu várias vezes.

Gênero: Documentário
Duração: 88 minutos
Direção: Lírio Ferreira / Hilton Lacerda

Elenco, Nélson Motta e Marcos Paulo Simão.













Em Cartaz


Cartas para Julieta


A jovem americana S
ophie viaja para Verona, Itália, e descobre um grupo de pessoas que costuma responder às cartas – deixadas num muro – daqueles em busca de conselhos sobre o amor. A garota então responde a uma dessas cartas, datada de 1951, o que acaba inspirando a autora a viajar para a Itália em busca daquele que sempre foi sua verdadeira paixão. O fato também desencadeia uma série de eventos que irá mudar a vida de todos.

Gênero: Drama/Romance/Comédia
Duração: 105 minutos
Direção: Gary Winick

Elenco: Amanda Seyfried, Gael García Bernal, Christopher Egan, Vanessa Redgrave.














Dear John


O filme conta
a história de John Tyree(Channing Tatum), um soldado em licença que se apaixona perdidamente por uma linda e conservadora universitária, Savannah (Amanda Seyfried). Durante sete tumultuosos anos, o casal é separado pelas missões cada vez mais perigosas de John. Apesar de se encontrarem apenas esporadicamente, o casal mantém o contato por meio de uma enxurrada de cartas de amor. Essa correspondência acaba por provocar uma situação com consequências nefastas.
"Dear John" é baseado no livro de Nicholas Sparks, autor de "Diário de uma Paixão" (The notebook), que ganhou uma adaptação em 2004 com Rachel McAdams e Ryan Goslin.

Gênero: Romance.
Duração: 102 minutos.
Direção: Lasse Hallström

Elenco: Channing Tatum, Amanda Seyfried, Henry Thomas.



Por: Lillian Barbieri

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Guia Cultural - dicas para o seu dia ter muito mais conteúdo

"MENAS: o certo do errado, o errado do certo"

O Museu da Língua Portuguesa apresenta a partir do dia 15 de março a exposição "MENAS: o certo do errado, o errado do certo" que aborda as diferenças entre a linguagem considerada correta e a popular. A mostra conta com sete instalações para mostrar ao público os erros linguísticos mais comuns e apresentar a amplitude e criatividade da língua.




O título e a ideia da exposição partiram do próprio secretário de Cultura, João Sayad. Segundo ele "a exposição pretende discutir criticamente o hábito, que não é apenas do brasileiro, de catalogar discursos e enunciadores em certo e errado, educados e despreparados. A língua é bem pública e viva, enriquecida e modificada por todos os falantes. É natural que os donos da língua, ou os 'cultos e educados' protestem e reajam quando ela é apropriada por intrusos que falam diferente. Mas a alteração e o 'erro' são parte do jogo de todas as línguas vivas."




Durante os 450 m² do percurso, os visitantes têm a oportunidade de ver em um grande painel os "100 erros nossos de cada dia" - uma divertida seleção de erros lexicais, semânticos, gramaticais e discursivos mais frequentes; ter suas certezas desafiadas por um quiz com 15 perguntas sobre a forma correta de palavras e frases. Esta instalação utiliza nove telas de computador touch screen ligadas em rede e as respostas dadas pelos participantes são computadas e apresentadas num percentual, com explicações para cada alternativa escolhida. Além disso, a exposição conta com a "Biblioteca de Babel" onde escritores e compositores apresentam suas idéias sobre a língua e sobre a vida com posições inesperadas e criativas que discordam da visão tradicional do português. O título desta instalação sugere exatamente isso: a organização de uma biblioteca e a desordem criativa de uma babel de idéias e normas.





No vídeo "Norma, a camaleoa", a atriz Alessandra Colassanti encarna, ao mesmo tempo, as quatro normas da língua portuguesa (a norma gramatical, a norma lexical, a norma semântica e a norma discursiva), apresentando-as e discutindo-as e na sessão "Janelas Abertas" o público depara-se com expressões populares cheias de criatividade e do linguajar praticado nas ruas brasileiras.










Por: Lillian Barbieri

Guia Cultural - dicas para o seu dia ter muito mais conteúdo

Livros





"S.O.S. Língua Portuguesa" - Sandra Duarte Tavares e Sara Almeida Leite
Não é bom na fala e nem na escrita?O livro de Sandra Duarte Tavares e Sara Almeida Leite lhe ajudará a resolver o problema. É uma ótima oportunidade para estudantes, professores e jornalistas que querem aperfeiçoar sua técnica de escrita








“Casa da Mãe Joana”
Este livro de Reinaldo Pimenta traz histórias leves e bem humoradas que irão matar a sua curiosidade sobre a origem e a história das palavras e expressões. Com linguagem simples e divertida, o livro tem o formato de um dicionário, onde a cada verbete nos surpreendemos e nos divertimos com as explicações que encontramos.








"Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, O que muda, O que não muda"
O novo acordo ortográfico da língua portuguesa já foi aprovado, mas ainda provoca muitas dúvidas. Este livro, além de transcrever as novas regras na íntegra, dá exemplos concretos sobre o que muda e o que permanece na grafia das palavras. Guia didático, com linguagem acessível e destinada aos públicos que convivem com a escrita no dia a dia.





"DICIONÁRIO DO NORDESTE 5.000 palavras e expressões"- Fred Navarro. O Brasil é um arquipélago formado por linhas históricas, o que se reflete no plano sociocultural e lingüístico. Revendo este aspecto, a língua portuguesa trazida pelos colonizadores foi-se propagando em ondas de ação lenta e eficiente sobre os falares indígenas, a partir de núcleos fundamentais, entre os quais Pernambuco e Bahia, os mais antigos pólos irradiadores e fixadores desta língua européia na terra do pau-brasil. Formou, assim, dessa língua transplantada nos primórdios da colonização, a base do dialeto nordestino que leva o seu povo a falar diferente do resto do país.








Por: Lillian Barbieri

Vícios de linguagem-Placas que emplacam

Placas que emplacam

Você já teve a impressão de ter visto uma placa escrita de modo errado, palavras absurdas e erros ortográficos esdrúxulos? Pois bem, não foram apenas impressões. Andando pelas ruas é possível encontrar as chamadas “pérolas” da nossa língua.
Além de deparar-nos com erros de ortografia, as placas engraçadas e sarcásticas surpreendem na criatividade e na capacidade do ser humano de criar e modificar termos. As placas encontradas são frutos de erros da lingüística, mas também, tornam-se grandes jogadas de marketing. Com um tom humorístico mostram a eficácia e despertam o interesse do anúncio.
Apesar de terem uma gramática contrária a formalidade da língua portuguesa, elas são compreendidas por uma parte da população brasileira atingindo o maior objetivo: a comunicação.




























Por: Renan Cardenuto e Renan Cardoso

Vícios de linguagem- Estrangeirismo

Estrangeirismo

Não se sabe exatamente como surgiram às diversas línguas que existem no mundo. Porém, Com os avanços dos estudos lingüísticos, viu-se que as diferenças entre elas eram tão grandes e profundas que seria muito difícil provar que todas descendiam de uma só língua.
Sabe-se que hoje as línguas estão agrupadas em famílias, de acordo com semelhança que guardam entre si.
A língua portuguesa descende da família indo-européia, originária de um território o qual se estendia da Ásia à Europa. “No Brasil, sofreu influência de línguas ameríndias da família tupi e de línguas africanas da família Níger-Congo.”







O termo "estrangeirismo" significa palavra ou expressão de outras línguas, empregada na língua portuguesa.
O Brasil abriga gerações, culturas e pessoas de diversas regiões do mundo, ou seja, a famosa miscigenação. É através dessa junção, que também sustenta o paralelismo entre a nação e a língua, das quais surgem os famosos estrangeirismos.
Observamos que palavras inglesas, mesmo sendo de alta freqüência e de grafia marcadamente inglesa, adquirem usos e sentidos peculiares ao português. Dentre inúmeras expressões, muitas foram ‘abrasileiradas’, como o verbo ‘deletar’ (do inglês ‘Delete’) e outras usadas do jeito original, como fast-food, over book que carregam o verdadeiro significado da espressão e que facilmente poderiam ser trocadas por um similar nacional, mas que insistem em permanecer como exceções à regra.






Sendo assim, parece haver uma clara adaptação à nova língua, às preferências de seus falantes e de seu discurso. A adaptação de palavras inglesas à língua portuguesa já havia sido apontada por outros autores. Por exemplo, nota-se que outdoor, palavra de origem inglesa, passou a significar no Brasil o que nos Estados Unidos se chama de billboard.

Existem muitos críticos da língua portuguesa que acreditam que esse estrangeirismo pode afetar a nacionalidade da nossa língua, é com esse pensamento que o deputado Aldo Rebelo lançou um projeto de Lei 1676, de 1999, que procurava eliminar o uso desnecessário dessas expressões, na tentativa de valorizar a língua nacional. Na lei, os brasileiros estariam proibidos de usar termos em outras línguas na comunicação oficial, na mídia escrita, radiofônica e televisiva, na publicidade e no comércio. Porém, mais tarde esse projeto foi negado por intolerância.

Para os especialistas, o projeto mostra total ignorância do fenômeno lingüístico. "Um idioma evolui quando entra em contato com outros, e só alguém que não entende nada do assunto pode achar que é possível bloquear esse intercâmbio", diz o professor John Robert Schmitz, americano naturalizado brasileiro.


O QUE É O ESTRANGEIRISMO?

Estrangeirismo ou peregrinismo é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira que tenha ou não equivalente nacionalidade. Classificada como um vício de linguagem, na gramatica normativa, é tido como uma visão simplista por especialistas.
A grande maioria das palavras de nossa língua tem origem latina, grega, árabe, espanhola, italiana, francesa, inglesa. Essas palavras são introduzidas pelos mais variados motivos, sejam eles fatores históricos, sócio-culturais e políticos, modismo ou até mesmo avanços tecnológicos.
É devido ao ‘aportuguesamento’ fonológico e gráfico de algumas palavras exteriores que deixamos de perceber quando estamos fazendo uso de estrangeirismos.

Ou seja, usando de elementos da retórica daqueles que poderiam assim pensar, cremos que dada à globalização, a influência da mídia, o poderio econômico dos EUA, e a própria “submissão” das classes dominantes do Brasil, seria de se supor que qualquer palavra do inglês, ou de qualquer outra cultura entraria no português.


Por: Bruno Correia

Vícios de linguagem-" no cotidiano"

No cotidiano


“Descer lá embaixo” é um pleonasmo muito comum, assim como: “subir lá em cima”, “entrar pra dentro”, “protagonista principal”, “comparecer pessoalmente”, entre outras. Apesar de ser uma forma redundante de fala, tornou-se um dos vícios de linguagem mais utilizado no cotidiano. O soleceísmo existe de três formas: de concordância, de regência e de colocação. Este vicio de linguagem é predominante na escrita, porém, influencia também a fala pelo costume que se tem de escrever de certas maneiras.

Em um ambiente de serviço, numa segunda feira de manhã.

- Bom dia Plínio! Fazem cinco dias que estou esperando a conclusão do projeto de propaganda da empresa para revisar,como está o andamento,hein??
- Ah, meu companheiro, tenho que descer lá embaixo e procurar por uma solução na impressão destas imagens, mas já subo aqui em cima. Espere por mim!

A cacofonia é outro tipo de vicio de linguagem, e aparece quando o som de uma frase transpassa-se de modo desagradável ou obsceno, e é formado pela união das sílabas de palavras contíguas. Acoplada às frases deste gênero, a ambiguidade junta-se à ela, expondo uma semântica satirizada e que pressupõe sentido duplo,de forma que confunda o receptor da mensagem.



Na Ala de impressão da empresa...

- O senhor precisa de algo, sr. Plínio?
- Estou enloquecendo, Cláudia! Preciso que estas imagens fiquem prontas o mais rapido possivel,entendeu?! Como as que eu te mandei a semana passada!
Cláudia espantou-se e logo resolveu certificar-se do que acabara de ouvir:
- Como o que?
- É isto mesmo! Como as imagens da semana passada!
Mesmo assim, sem entender, ela decidiu não contraria-lo:
- OK! O senhor prefere que elas estejam acompanhadas com um suquinho de laranja ou um refrigerante diet?
Plínio ficou mais nervoso do que já estava,mas sem paciência decidiu não se explicar:
- Faça o que eu mandei! Bom, Vou-me já!
- Tudo bem, chefinho... O banheiro é a segunda porta á esquerda!

Três dias depois, no escritório...

- Bom dia, Cláudia! digeriu bem a informação do trabalho o qual mandei segunda feira?
- Olá,senhor plínio! Agora sim fiquei confusa, pois não seria o senhor que ia digerir-las?

As gírias e palavras de baixo calão, são chamadas de plebeísmo e caracterizam relações entre pessoas proximas ou situações de nervosismo. Já o barbarismo é o famoso “estrangeirismo” da linguística, mas também há quem considere-o divergênias na pronuncia, grafia e morfologia, ou seja, esta forma de linguagem é relativa ao receptor da mensagem.

De volta ao escritório, Plínio senta-se na mesa de marcos para um desabafo:

- Olha,cara... Eu tô ferrado nesse projeto. Nada dá certo!
- Calma, Brother! Vou te mandar alguns links que podem te ajudar com isso!
- Valeu, Marcos! Mais eu rezo, mais assombração me aparece! Se eu tiver sucesso na apresentação dos slides conseguiremos convencer todos os diretores, Cara!Tomara que esta parada termine logo. Mau posso esperar para ver os resultados do mês!


Por: Bárbara Capolete, Débora Agustinho e Natália Mantovani



Video- Vícios de linguagem

Se voce sorriu com Joseph Klinber olha outra perola deste pessoal. Eles são geniais:

Vícios de linguagem- Clichê ou chavão

Clichê ou Chavão

Distinguir clichês é um tanto quanto relativo. O mesmo torna-se vicio de linguagem pelo fato de ser usado repetitivamente e transmitir uma ideia desgastada à desenvoltura do texto e o que é clichê para uns, pode não ser clichê para outros.
Por isso, este é um dos mais destemidos vícios de linguagem dos candidatos a vestibulares do país.


Como molde do que NÃO SE DEVE FAZER, segue um texto sobre a criação dos meios de comunicação e seus desenvolvimentos:

A maior maravilha do mundo.


Abrirei esse post com chave de ouro, mas antes de mais nada, quero fazer uma ressalva: a comunicação é a junção de todas as reais maravilhas do mundo,pois ela fez com que o mesmo expandisse seus horizontes com diversos avanços na tecnologia.
Durante muito tempo a escrita inundou o conhecimento dos povos do Oriente Médio. Em 1905 foi descoberto por arqueólogos, o primeiro alfabeto consonantal. Esse alfabeto foi criado pelos fenícios entre 1700 e 2000 A.C e foi adaptado por diversos povos posteriormente.
Porem, o mesmo deixou muito a desejar, pois não possuía vogal e por conta disso, tornou-se uma fonte inesgotável de ambiguidades. E foi então, que houve a atuação impecável dos gregos no alfabeto fenício, e enfim criaram-se as vogais por volta dos séculos VIII e IV antes da nossa era.
A partir desse momento, a informação disparou a todo vapor e os primeiros livros começaram a serem escritos em pergaminhos, como os livros do antigo testamento, a Ilíada e a Odisseia e as primeiras tragédias gregas. Estes eram escritos à mão e obviamente denominados manuscritos.


Para não perder o fio da meada falarei a respeito do teatro. Este teve sua origem no século VI a.C , na Grécia, surgindo das festas dionisíacas realizadas em homenagem ao deus Dionísio. O teatro grego, que conhecemos hoje em dia, surgiu quando um dos integrantes dessa festa vestiu uma mascara humana e fingiu ser Dionísio. Ele tentou transformar o que era verdade em faz-de-conta e fez com que esse fosse o marco da dramatização.


Graças à atuação impecável dos cientistas Michael Faraday, James C. Maxwell, Tomas A. Edson e o ilustre alemão Henrich Rodolph Hertz, (o qual em sua homenagem, as ondas magnéticas passaram a se chamar “Ondas Hertzianas”)foi possível se transmitir informação a partir de ondas de radio.
Em 1893 é descoberto através de Guglielmo Marconi a transmissão de radio sem fio pela distancia de até 2 quilômetros de distancia e depois desse momento, ele foi reconhecido como pai do radio.
Em 1936, no Brasil, como fruto dessa invenção, a brasileira Radio Nacional foi reconhecida por gerar polêmica na criação de programas de auditório e radio novelas e tornou-se a maior líder de audiência da época. Para bater de frente com essa emissora, surgiram posteriormente a radio Bandeirantes e a radio Globo do Rio de Janeiro, que com calorosos aplausos, criou em 1996 a radio CBN de informação e iniciou transmissões simultâneas em FM.

O cinema teve seu inicio nos anos 30, na época da brilhantina, mais conhecida como anos dourados, nos Estados Unidos, e tornou-se uma usina de ideias na historia da dramaturgia, pois tomou conta de almas criadoras e tornou Hollywood o berço do cinema mundial.
Nos anos 50, a imagem 3D chega aos cinemas, mas para não perder o sucesso devido à chegada da televisão, foi criada uma visão panorâmica, que funcionava como um projetor de 35 mm.
Os clássicos hollywoodianos enfim catapultaram nas paradas de sucesso com “cantando na chuva”, em 1952. A partir da década de 70 as produções começaram ser de ponta, com o intuito de penetrar as mentes e os corações dos espectadores.
Em 1980 os Estados Unidos tornou-se indiscutivelmente uma indústria cinematográfica. Com a ajuda de grandes investidores, os filmes blockbusters lideraram os possíveis lucros esperados e fizeram grandes filmes, como “Rambo”, virarem campeões de bilheteria.
As produções passaram a ter repercussões incríveis, foi então que em 1990 surgiram as primeiras indústrias independentes e foram elas que contribuíram com a fortuna incalculável que o cinema gera até hoje.
Como todos os tipos de indústrias, o cinema também passou por altos e baixos e teve que aprimorar diversas técnicas para que continuasse no topo do entretenimento, passando desde filmes fictícios até educativos.
Essas produções, nos dias de hoje, são altamente tecnológicas, tendo em vista que, modificam-se a cada dia em todo lugar do planeta.

A história da televisão não possui um inventor exato, pois diversos cientistas contribuíram com que a mesma tomasse tamanha repercussão no meio tecnológico.
Apesar de o experimento percorrer os quatro cantos do mundo, foi a partir do fim do século XIX que a imagem começou a criar vida, evoluindo desde a célula fotoelétrica, até a primeira transmissão de 1928 em Nova York, a qual possuía um disco giratório mecânico que produzia uma imagem do tamanho de um selo postal.
O caminho da televisão já estava trilhado. E foi na Alemanha,em 1935, a primeira maior transmissão televisionada da historia: as olimpíadas de Berlim. Enfim, a televisão passou a entrar em um efeito dominó, pois cada invenção levava a outra invenção e, finalmente, devido aos avanços econômicos posteriores à segunda guerra mundial, a ideia de transmitir imagens que parecessem reais (em cores), veio à tona.
Nos anos 50, surgiam às primeiras emissoras da TV brasileira, como a TV Tupi, que transmitia os famosos “ sitio do pica-pau amarelo” e “ TV Vanguarda”, a TV Paulista e a TV Record (imbatível nas transmissões esportivas), entre outras. Em 1965 Roberto Marinho fez por merecer e criou a TV Globo de transmissão, considerada hoje líder de audiência.
O grande marco da transmissão televisionada dos anos 60 foi à chegada do homem a lua, podendo ser assistida via satélite por diversos países do mundo.
A copa do mundo de 1970 veio como forma experimental da televisão a cores no Brasil e inundou o coração dos brasileiros de felicidade. Mas foi na década de 80, no fim dos regimes totalitários, que fez com que a censura da televisão acabasse.
Devido ao fato de que a tecnologia vem crescendo no decorrer dos anos, a televisão acompanha cada mudança de tendência e para não ficar para trás, o século XXI trouxe consigo a mais nova televisão HD ( “high definition”) já descoberta.

A Internet foi de importante auxilio ao exercito em época de Guerra fria, pois evitou com que os planos americanos entrassem pelo cano, alem de fazer com que o meio de comunicação se tornasse mais eficaz em caso de destruição dos meios convencionais.
Em 1990 essa avançada tecnologia percorreu o mundo e ultrapassou fronteiras. Neste ano o engenheiro Tim Benees-Lee descobriu a tecnologia World Wide Web, a qual facilitou a criação de sites e fez com que a internet tivesse, a partir daí, um incrível crescimento.
A invenção virou febre entre crianças, adolescente e adulta e, a cada dia que passa há maiores evoluções nos novos meios de se utilizá-la, mas nem tudo são flores, porque assim como todos sabem, na natureza nada se cria, tudo se copia, ou seja, hoje em dia as técnicas de entretenimento e comunicação tornaram-se caixinhas de surpresas e, devido a isto, não podemos prever qual será o próximo salto em busca de novos avanços.


Por Bárbara Capolete

Vícios de linguagem- Papo firme



Não é de hoje que os grupos procuram maneiras de se diferenciar, seja na roupa que vestem, no tipo de cabelo, nas atitudes, ou na linguagem. E uma das formas mais comuns de personalizar o modo de falar são as GÍRIAS.


Entende-se por GÍRIA um fenômeno especial da linguagem que consiste no uso de uma palavra não convencional para designar outras palavras da língua, de forma que sua tradução literal para outros idiomas torna-se impossível. As gírias podem ser usadas para manter segredo, para fazer humor, ou simplesmente para diferenciar grupos.
Mas, assim como vários outros modismos, a GÍRIA é uma linguagem de uso passageiro, e quando você menos espera outra geração já surgiu com novas gírias, e tudo aquilo que você falava, fica obsoleto.

Na tabela abaixo, você pode conferir algumas das mais famosas gírias das décadas passadas:


"Ora bolas"- Usado quando algo inusitado acontece.
"Broto" -Usado para designar meninas ou meninos bonitos.
"Macacos me mordam!"- Usado para expressar espanto.
"Supimpa"- Usado para coisas legais, coisas boas.
"À Beça"- O mesmo que muito, bastante.
"Boa Pinta" - O mesmo que gente boa, elegante.
"Estourar a Boca do Balão"- O mesmo que arrasar.
"Xuxu beleza!" - Usado quando uma coisa é muito boa.
"Serelepe"- O mesmo que agitado, alegre.
"Pode crer!"- O mesmo que acredite.



Elas podem ser divididas em dois grandes grupos: as gírias de grupo, e as de uso comum.
As GÍRIAS DE GRUPO são aquelas, muitas vezes criadas através de metáforas, alterando a categoria gramatical da palavra, a fim de aplicar-lhe outro significado. A velocidade com que ela se propaga nos grupos em que surge é inimaginável, e os meios de comunicação em massa têm grande responsabilidade por esse fenômeno.
Já as GÍRIAS COMUNS são aquelas, que devido ao grande uso, acabam até sendo dicionarizadas. São usadas por diversas faixas etárias e camadas sociais.

E para você "não ficar por fora", pesquisamos tambem gírias atuais que a juventude do século XXI aderiu

"Animal" - muito bom
"Azaração" - paquera
"Bolado" - chateado
"De lei" - é assim
"Irado" - muito bom
"Rox" - Legal
"Selva" - festa em que todo mundo pega todo mundo
"Zoar" - fazer bagunça
"brinks"- o mesmo que "estou brincando"
"Tipo"- Serve para exemplicar algo
"Zica"- Quando algo da errado
"mó cota" - muito tempo
"rolê" - dar uma volta, sair
"deboas" - de boa, de bem com tudo
"suave" - de boa, de bem com tudo
"brecha" - falta de consideração
"Velho" - amigo, camarada


Por Isabela Garcia

Vícios de linguagem- Por trás de expressões seculares

Por trás de expressões seculares

Você já parou para pensar quais as origens de certas expressões populares ditas tão frequentemente? Já sentiu aquela curiosidade em saber o porquê de estar dizendo aquilo como se fosse íntimo de seus conhecimentos?
Se em algum momento já se fez uma dessas perguntas, seja bem-vindo a esta matéria reveladora.




“arranca-rabo”, teve origem em batalhas antigas: “cortar o rabo do cavalo inimigo” era tido como um ato extraordinário. No cotidiano esta expressão refere-se à brigas ou discussões. Assim como: "pega para capar"




Quem nunca ouviu alguém dizendo que tal lugar sem regras e com todo mundo mandando parecia a “casa da mãe Joana” ? Esta foi uma expressão criada em homenagem a rainha napolitana Joana que regulamentou os bordéis na cidade de Avignon estabelecendo que devessem ter uma porta por onde qualquer um poderia entrar. Esta expresão é utilizada em diálogos com pessoas denominadas "folgadas" e que vivem as custas de outras. Por exemplo: " você tá pensando que aqui é a casa da mãe joana??"




Cor de burro quando foge – mais indefinida impossível. É uma expressão deturpada de outra pela aproximação sonora das palavras na oralidade: “corro de burro quando ele foge”. Isto também acontece em: “cuspido e escarrado” que vem de “esculpido e encarnado”. No dia a dia, ela é utilizada para definir cores indefinidas. Exemplo: " que cor é essa?" " acho que é cor de burro quando foge"





Dar de mão beijada nasceu no feudalismo. Os fiéis mais ricos beijavam as mãos dos homenageados e lhes ofereciam bens almejando reconhecimento e graças. Usamos essa expressão quando queremos dizer que algo foi facil de se conseguir. por exemplo:" Fulano deu de mão beijada o trabalho para Beltrano"








Por Irina Bernatavicius

Relações Públicas e a escrita


O profissional de Relações Públicas tem como um importante dever aprimorar suas técnicas de escrita, pois a mesma está totalmente acoplada à está profissão.
Para que haja sucesso na compreensão dos meios de comunicação da empresa, o RP precisa estar antenado nas novidades da escrita e possuir um talento diferenciador na persuasão e transmissão da mensagem desejada.
No universo da comunicação, é necessário ter a capacidade de escrever de forma lógica e objetiva. O profissional tem de se importar com o efeito surtido nos textos, pois para lidar com diferentes públicos, o importante é que a mensagem esteja de acordo com o impacto o qual a informação deseja passar.
Entre variadas atividades que o profissional de RP realiza, muitas são feitas sendo a escrita seu maior instrumento de base, como redigir textos para apresentações, elaborar roteiros, regulamentos, anúncios, resultados e discursos, entre outros.
Uma das qualidades de um RP é poder adequar-se a variados públicos, ou seja, ter a liberdade de escrever textos providos de uma linguagem simples ou, até mesmo, textos institucionais que requerem um vocabulário culto, e saber flexionar este dom de acordo com a organização a qual trabalha.
Em suma, a escrita é o principal instrumento de trabalho de um RP e para um profissional obter destaque é necessário que tenha uma ótima concordância, coerência e gramática em seus textos. Com isso pode-se concluir que relações Públicas e a lingüística são complementares.

Por Beatriz Bortoletto